Os processos precisam ter um pai (PPID). O kernel, apesar de não ser um processo real, ainda oferece alguns processos reais como, pelo menos, init, e está dando a si o ID do processo. Dependendo do sistema operacional, ele pode ou não ser exibido como um processo em ps
output, mas é sempre exibido como um PPID:
por exemplo, no Linux:
$ ps -ef|head
UID PID PPID C STIME TTY TIME CMD
root 1 0 0 09:09 ? 00:00:00 /sbin/init
root 2 0 0 09:09 ? 00:00:00 [kthreadd]
root 3 2 0 09:09 ? 00:00:00 [ksoftirqd/0]
...
no Solaris:
$ ps -ef|head
UID PID PPID C STIME TTY TIME CMD
root 0 0 0 Oct 19 ? 0:01 sched
root 5 0 0 Oct 19 ? 11:20 zpool-rpool1
root 1 0 0 Oct 19 ? 0:13 /sbin/init
root 2 0 0 Oct 19 ? 0:07 pageout
root 3 0 1 Oct 19 ? 117:10 fsflush
root 341 1 0 Oct 19 ? 0:15 /usr/lib/hal/hald --daemon=yes
root 9 1 0 Oct 19 ? 0:59 /lib/svc/bin/svc.startd
...
Observe também que pid 0
(e -1
e outros valores negativos para esse assunto) têm significados diferentes, dependendo de qual função os usam, como kill
, fork
e waitpid
.
Por fim, embora o processo init
receba tradicionalmente pid #1
, esse não é mais o caso quando a virtualização no nível do sistema operacional é usada como as regiões do Solaris, pois pode haver mais de um init
em execução:
$ ps -ef|head
UID PID PPID C STIME TTY TIME CMD
root 4733 3949 0 11:07:25 ? 0:26 /lib/svc/bin/svc.configd
root 4731 3949 0 11:07:24 ? 0:06 /lib/svc/bin/svc.startd
root 3949 3949 0 11:07:14 ? 0:00 zsched
daemon 4856 3949 0 11:07:46 ? 0:00 /lib/crypto/kcfd
root 4573 3949 0 11:07:23 ? 0:00 /usr/sbin/init
netcfg 4790 3949 0 11:07:34 ? 0:00 /lib/inet/netcfgd
root 4868 3949 0 11:07:48 ? 0:00 /usr/lib/pfexecd
root 4897 3949 0 11:07:51 ? 0:00 /usr/lib/utmpd
netadm 4980 3949 0 11:07:54 ? 0:01 /lib/inet/nwamd